Mundo sustentável


A nossa mãe natureza
Que existe para o nosso bem
Transborda grande beleza
Em tudo que dela vem
Revela seus belos montes
Também suas belas fontes
Que nasce em mananciais
A vida que nasce dela
Se reproduz com ela
Em bosques e manguezais.

Nossos rios e matas
Que enfeitam nosso lugar
As nossas belas cascatas
Com águas a despejar
Refletem a beleza extrema
Que aqui traduzo em poema
Expressando a verdade
Nossas belezas naturais
São riquezas nacionais
Que geram felicidade.

Há muito estamos perdendo
A nossa terra querida
Hoje ela está sofrendo
Com o nosso estilo de vida
Destruir tornou-se um vício
Como é grande o desperdício
Que causamos sem pensar
Pra que não se torne iminente
A tristeza permanente
É preciso preservar.

É preciso erguer a voz
Chegou a hora de agir
A mudança somos nós
Chega de destruir
Proteja a terra querida
Fique do lado da vida
Cultive a preservação
Seja homem, mulher ou menino
Todos com o mesmo destino
Cantando a mesma canção.

Não dá mais pra conviver
Com todo esse desperdício
Vamos fazer acontecer
Sei que será difícil
Agora é todos por um
Em busca de um bem comum
Uma convivência responsável
Então é preciso mudar
Pra que possamos habitar
Em um mundo sustentável.

Professor Manoel Vieira

ANTAGONISMO

                  Dizem que o costume do cachimbo é que modela a boca, tanto quanto a prática aperfeiçoa o fazer, não há o que discutir, sou vítima e prova disso, não consigo mais escrever uma linha, são anos sem desenvolver o hábito, não há dom que resista, imagine pra quem não tem dom nenhum, é o meu caso e assim me vi perdido, sem voz nem vez...sem falar desaprendi o timbre, sem escrever não conheço mais o alfabeto, da tecnologia sou analfabeto de pai e mãe, que situação! Coisa chata pra quem pensava saber alguma coisa, não sabemos nada, apenas fingimos dominar aquilo que passamos anos treinando, faltou o interesse desapareceu tudo...aqui reclamo da falta de incentivo, conclamo a quem se dispuser a repetir sílabas, continuemos tentando, um dia formaremos uma palavra e quiçá uma frase, não sejamos tão otimistas mas estaremos no rumo certo, se um dia completarmos um período, por simples que seja, certamente ficará como registro da nossa teimosia; e pra quem avançou tanto não será surpresa que se perca o controle e se aventure em busca de um parágrafo. 
          Querer mais o que se a única certeza é a de que o texto jamais será finalizado? Quando chegamos à escola nos mostraram tantos símbolos e nunca nos disseram que o mesmo ponto só serve para pausar os sentimentos porque finalizá-los nem a morte consegue àqueles que se aventuraram à façanha de registrar o que pensam, de qualquer forma, talvez os iletrados sejam bem mais dignos de aplausos pois falam apenas do que vivenciam, os cegos nem há o que questionar, vêem o que jamais lhes mostraram, os surdos nos dão aula de capacidade, não precisam ouvir nada para aprender, e os mudos nos dizem tudo que querem sem emitir um som. 
        Aprendamos tudo, todas as lições deixam sua marca, a única que nos envergonha é a rebeldia de reunir todos os sentidos e não usar nenhum pra ajudar o irmão, o meio em que vive, o planeta...essa sim nos dá tristeza porque sábios jamais seremos, ignorantes jamais fomos, indiferentes é apenas o que nos mantemos; sou igual a todos vocês, indiferente ao cego porque vejo, ao surdo porque ouço, ao analfabeto porque leio fluente, ao pobre porque nunca me faltou dinheiro pra o que desejo, ao rico porque adoro minha liberdade, aos políticos! Deus me livre, um bando de ladrões...não me falta nada, graças a Deus, esbanjo arrogância, imaturidade, desinformação e intolerância...esbanjemos também interesse e persistência, ingredientes indispensáveis para se construir o homem, porque pra destruir o mundo já somos a totalidade,,,,

Professor Raimundo (Treinando a escrita: grifo nosso)
Urbano Santos, 07 de outubro de 2013 

Meus primeiros e melhores mestres

Meus melhores mestres
Iniciam-se os dias, as semanas, os meses... Terminam os dias. Hoje são  quatorze semanas. Eis que as minhas impressões e meus motivos ainda não mudaram muito; ainda assim estamos em outubro, mês de festas: São Francisco de Assis , Nossa Senhora Aparecida, Dia das Crianças, Dia do Professor, Aniversário de minha mãe...Prometi para mim mesma que nessa data não falaria sobre a internação de meu pai. Mas como, se transformamos nossas horas, nossos dias, nossas esperanças em desejar a tão querida recuperação? De que maneira se justamente hoje completam três meses, quatorze semanas de sua queda, resultando sua internação?
De igual modo, não são poucos os momentos de bons aprendizados que obtivemos com nossos pais; nossa mãe com sete décadas bem vividas é o que posso denominar de “epicentro existencial” de minhas conquistas, de meus percursos, de minhas versuras e de meu prosear simplistas. Convivi com isto desde muito cedo: com os atributos adquiridos nas aulas do curso ginasial, com a essência de conjugações verbais no Português adquirido por Pe. Xavier, com as concepções de metáforas e eufemismos compartilhados nos ditos populares por meu pai, com a coerência e motivação constantes de que devíamos SER, antes de TER, de dominar as artes domésticas para saber fazer. Todas essas nuances me dão a convicção de que através dessas sensações, registrei meus primeiros versos. À semelhança de outros nomes, meu pai nem concluiu o Ensino Médio, minha mãe fez o Magistério, isso não os torna menos credenciados, pois em cada linha que escrevo , noto o quanto de ensinamento e de emoções trago dessa convivência; dessa sabedoria e essa é sem dúvida,  minha melhor parte.
Assim, no alvorecer do dia dez de outubro, comemora-se a passagem de aniversário de minha mãe, sob os princípios da fé cristã, a firmeza de mãe e de mulher, de um caráter profissional que lhe imprime a melhor parte de ser humano; de maneira que os nossos motivos são de agradecimentos, ainda que, com a mesma fidelidade estejamos todos nós às quinze horas para a visita diária de meu pai; nessa data o que se materializa em mim é o amor fraternal, a capacidade de rever princípios, de identificar o sentido do verdadeiro SER. Para mim, sempre cabe razão aos que definem sobre o valor dos pais, dos ensinamentos, em Provérbios encontramos “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”, nesse caso, a disciplina não deve vir dissociada do amor maternal, da conduta cristã. Não terei tempo de trazer uma homenagem digna aos colegas professores, trago antes um recorte para parabenizar minha mãe e um contraponto de uma canção que ecoa em meus afazeres diários  na sala de aula é que se forma um cidadão, na sala de aula que se muda uma nação”; prefiro acreditar naqueles que dizem ”  é nos lares constituídos à base do amor, em que se deixa claro as diferenças entre SER e TER, é que se formam bons filhos, bons irmãos, bons exemplos, bom cidadão , bom cristão”. De minha ótica, ainda estou em tempo de promover essa disseminação.
Por mim, sei que não sou o melhor exemplo, nem pretende apresentar ensaio para formadores de opinião, não defendo tese, aliás, sou filha, sou mãe, sou mulher, sou cristã, sou professora, sou cidadã, e nesse mundo em que “o ter parece valer mais” preciso sinalizar de que cuido para ser mais humana. Essa é minha homenagem em tempo, aos que para mim continuam sendo os meus primeiros e melhores mestres: meus pais. À minha mãe, parabéns! À Nossa Senhora Aparecida o pedido de que derrame bênçãos sobre a vida de minha mãe, fortalecendo nossos vínculos, abençoe nossas crianças, proteja todos nós, professores; ao São Francisco de Assis que nos dê  força  e continue sendo nossa sustentação diária.Nessa festa, minha expressão.

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