
Como
eu disse aqui anteriormente, não faço feitos sozinha, conto todas as vezes com
outras mãos (https://contosetal.blogspot.com/2019/06/pelo-poder-das-palavras-ca-estou.html) em retomar essa participação, não pretendo
recontar todas as historias , já tive dias que não foram fáceis , por conta de
escolha e decisões que em nada me acrescentariam ; ainda bem que nossos pais são aqueles que
nunca desistem de nós! E para falar de qualquer outro dia do Mês de Junho,
terei que buscar o que é minha participação nesse contexto e alegra-me em todas
as vezes de poder ter tido o merecimento de receber a Comenda Chagas Araújo indicada pelo amigo Edinilson, mas com a
anuência dos demais. Fiz aqui uma reflexão, e já fiz
contestações que depois de ditas , me pareceram arrogantes ao extremo; dei respostas transviadas para uma
autoridade local por duas vezes seguidas , quando num diálogo, nessa última em
2000 se encerrou com duas frases dele e uma pancada na mesa: “ aqui quem manda sou eu”, desafiada, guardei
minha voz, esqueci “ o verbo para calar o medo”. Fui para o enfrentamento através de Jornal e
blog com outra maior autoridade, quando meu irmão fora assassinado em 2010; por
conta disso amarguei alguns silêncios, papai sentiu-se acuado e teve medo de
que outros rojões nos atingissem e ficasse sem mais “um filho”; foi dolorido
silenciar sobre esse caso... Então fizemos as tentativas e nada é em vão, fomos
na fé, no exercício da oração, porque não há o que compreender sobre a morte...
no entanto quer na sala de aula, nas ações, nas execuções de atividades, quer
nas conquistas coletivas, quer na defesa de teoria, usando minha voz compreendo
que tenho pertinente participação, e como digo nalgumas vezes, “ a gente sabe
muito pouco sobre que usa sua voz a nossa favor” ,sem o desgaste de meus
equilíbrios porque desde que assumo sei que tudo isso faz parte. Não trago nostalgia, trago
lembranças e sei, bem sei das vezes que
estendo a mão e das vezes que sou
confundida demais pelo “não saber” ou desarrimada, nalgumas vezes nem me enxergam,
narradores é como se não fizessem parte das estatísticas, são preços e passos que atravessamos para
cumprir missões maiores: cumpro a feliz sina, do plantar ao colher, é justo que
haja tempo para o regar! Colho a minha parte! Não me reclamo, nem exagero nas
prescrições. A própria escritura diz que “ a cada um é dada uma manifestação em
vista do bem comum”



Celebro a vida! Desejo paz! Sejamos a luz! Tenhamos alguém para ao final apagar as luzes...Essa é minha chance , eterna será minha passagem.