Impar é
cada cor, cada rosto, cada dor..
Impares são os gritos, as
injustiças, os ajustes e desajustes
E como são ímpares e tão
particulares as vitórias, as conquistas
Nesse mundo, em que nada é
certo, nas curvas, as imprevisões
E quando há par sem sonhos,
sem dedicação,
Sem posturas, com violação
Vai ficando ímpar
Porque ímpar
e ávida é a vida, leve, de cunho breve e transformador
No conto, no encontro, nos
ritmos, das poesias
E são pares que encantam, que
pousam, nas poses
Sem regras, sem notas, nas redes, sem punhos, sem cordas
Acordos, acordas, há corda que
amarram, ficam ímpares
Amargos,
doce Agosto, e que outra cor, para ser par?
Dando um nome, uma cor, da rosa
do deserto
A cor do cacto, do pacto, do
roxo do rosto escondido
Dos óculos escuros, das mãos
presas, das vozes embargadas
E vai seguindo par, ora ímpar,
ora um par
Para não perder o espaço, que
não se “pague o pato”
Agosto da sensibilidade, do
grito abafado, do machismo disfarçado
E nesse gosto, mulheres
fortes, brindam semeaduras
Aprendem a descansar
E assim, vão fazendo par
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foto reprodução |
Dos laços, das rodas, das
conversas, da utopia
Da regência da modernidade,
das folhas de bambu, do atravessar os dias
Insistir na esperança do que
outrora era essência
Porque o cuidar dar trabalho,
o cuidar é voluntário
E nas cores que escolho, em
cada imbróglio só uma.
De pares, de ímpares, o que é PERSEVERANÇA?
PRESERVAÇÃO
__ Agosto
nas cores das rosas... FORTES