Depois de pronto, divulgado, publicado e oficialmente feito a festa de lançamento
é hora de agradecer (quase tarde)! Gratidão pelo livro, por quem ajudou para
que ele fosse editado, por todos que encontraram tempo para prestigiar, por
aqueles que deram as mãos e ajudaram na realização da festa: ArteSingullar: momentos em prosa e versos veio
para renovar-me, para restabelecer forças, para assegurar-me de limitações e tomadas de
decisões, para o sentimento de que há mãos que realizam e que multiplicam, para
o entendimento de que todos nós temos um Deus que nos dá sabedoria e
discernimento para o recomeço após cada lição, para optar por melhores escolhas
ao final de cada ciclo de nossa vida. Obrigada Senhor, muito obrigada pela
concessão do dom da escrita! Obrigada pelo dom da vida de cada um e pela
alegria que fomos capazes de disseminar nesse dia! Obrigada pessoas que
estiveram e fizeram essa festa bonita.
Tive durante a festa, motivos, muitos motivos para sorrir, para chorar;
para alegrar-me e a chance de amadurecer. Tive ainda motivos e chances para a
emoção, de promover o bem, de testemunhar a fé, chance de dizer o quanto minha
mãe tem sido a fortaleza de nossa vida e na vida de meu pai (meu pai não foi à
festa e uma Maria ficou de plantão com ele). Meu querido pai é de você que
herdei essa capacidade de escrever, de sentir e de perceber! Vim de uma semana
de debilitação física, ora febre; outras, dores; ora desequilíbrio emocional,
depois um orgulho pela realização pessoal. E a minha vida, como tantas outras, tem
precedentes, porém, não é essa a ideia que seduz minha mente; vivo em tempo de
descobertas, de reconhecimentos, de gratidão, em tempo de aprender, compreender
e compartilhar. Realizo-me com mais esse trabalho e não tento nessa passagem
explicar nada, trago a sensação consciente de que as mães, os filhos, os
irmãos, os colegas, os amigos, sentem orgulho em saber que momentos similares
aos do dia 30, já trazem razões suficientes para celebrar, para alegrar-se, para agradecer...
Família |
Hoje noto que há bastantes dias não escrevo uma linha, deixei-me conduzir
por uns sentimentos de melancolia, sentir-me desprotegida, despreparada;
desejei paradoxalmente esconder-me do lançamento do livro, sentir-me indesejada,
impotente, por vezes até pareci incompetente. Perguntava-me, qual mesmo a importância
desse livro para quem o lê? Que diferença fará nas lembranças de pessoas que
foram homenageadas ou que estiveram na festa? É difícil para eu poder escolher,
ainda assim encho-me de felicidade porque sei de algumas pessoas que
demonstraram alegria ao tocarem a obra. Textos dedicados exclusivamente para
pessoas que fazem parte de minha vida, histórias simples, riscos de outras retaliações,
disfarces das esperanças e experiências, conclamação da alegria de ter chegado
até aqui; sonhos, lembranças, memórias, histórias ... e essa minha nota é de agradecimento,
não a tomo como triste ou com o tom de despedida, reforço-a com uma passagem
que diz: “ Um coração grato deve ser uma realidade na vida de qualquer pessoa
que se considera cristão”. É possível que essa minha arte apresente provocações
para que outros nomes saiam do anonimato, obrigada também por isso.
Enquanto escrevo, lembro-me da canção Tocando em frente, de uns versos que me caem bem todas as horas: “
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe, só levo a certeza de que muito
pouco eu sei ou nada sei” como paradigma, convivo com essa ambígua precariedade
(embora a Tana me diga vez ou outra que não sou muito burra) porque nem por
isso, deixo de ter minhas virtudes, todos temos. De mais a mais,
ArteSingullar... não entrará na história como um grande livro, espero cumprir
pelo menos os desejos de incentivo para o Ler e para o Escrever, outras
pretensões ficam a critério de cada um , o leitor escolhe o que deve ser mudado
em si e o que mudaria se fosse ele quem a contasse. Só sei, digo, só afirmo que
ninguém pode escapar de si próprio, oportunidades, gratidão e reconhecimento
são para mim, palavras da vez e o não saber de nada_ é claro, não inclui mágoas
ou ressentimentos em não ter podido aprender! Sou agora, mais uma vez,
resultado de minhas escolhas; e os que afastam de mim, as hipóteses de posição
ou de conhecimento; desviam de si mesmos a possibilidade de registrarem a sábia
lição, numa paráfrase do pensador “tristes são aqueles que aprenderam a
escrever e não o fazem porque vivem renegados ao sentimento de prejudicarem
outros”. Só para lembrar, sou daquela meia dúzia que começou a enxergar que através
da arte, nós podemos sim, fazer a diferença.