Estando
eu quase encerrando o ciclo de 2018, estando por aqui “longe de casa há ,mais
de uma semana” com sonhos possíveis, com
grandes expectativas para 2019 refiz a leitura do poema de Drummond “Para
Sempre” cujo tema é porque Deus não torna as mães eternas. Nesse poema é possível
encontrar outras reflexões; faço desse
poema minhas palavras, para os pais , a paternidade; às mães, a maternidade, daí há alguns dias me
veio a indagação: Por que não a vovóternidade para os avós? Experiências de uma ou outra
avó de quem sou amiga, todas me encheram de ânimo, “olha serás acometida logo
de inicio de um sintoma: “como tudo é
graça e muito breve passa” se meter em tudo e achar que a mãe quase sempre está
errada! Faço o que? “ me calo né”, Vou
viver “esse momento lindo”. Aproveitar minhas passagens pelo Pillates e
sentar-me no chão para brincar com as bonecas e literalmente fazer o papel de
“besta” e fazer gosto conforme meu coração mandar rsrsrsrs
Mais linda do mundo |
Então,
posso na mais tenra idade ser avó e fazer desse título meu melhor tributo, mas
quero destacar alguns nomes aqui que me presentearam com exemplos e grandes
lições, dizer de que não vale apontar para as outras, “ se fosse eu não faria”
, de que cada uma tem um jeito particular de cuidar e querer bem, de que devemos
dar graças a Deus em sermos merecedoras dessa bênção, enfim: amiga e comadre
Fátima, “meus netos ... eu os quero muito bem!”, Alzeide Santos “ mermã, a
melhor coisa, na hora que a mãe faz qualquer coisa..!” amiga Nevinha Ramos “ só te digo uma coisa, nada
no mundo se compara, se eu chego em casa meu Neto não estiver vou buscar”!
Laura Alice, aquela amiga guerreira “
meus netos são minhas alegrias”
Francinete Macedo “ faço e farei qualquer coisa por eles”! A Alessandra,
a Mana, a minha madrinha Nona Oliveira a quem visito constantemente “uma
renovação para nossas vidas” ... os avós Luis e Manoel Ramos “ora, breve você estará de mãos dadas
viajando por aí com sua Netinha” ! Que coisa hein gente ! Eu podia citar ainda tantos outros exemplos.
E me deparei com aquela avó que quis encher minha bola, (eu acho) tão nova (
com meus cinquentas) e já é avó! Eu podia retomar tantas outras histórias e
depoimentos, eu desejaria contar quão saudável foram meus dias e de meus irmãos
mais velhos em nossas idas ao Povoado São Bento para a casa de nossos avós, por
lá a gente acordava com os primeiros cantares dos galos, dos perus, dos
capotes, com as arrumações de quem ia mais um dia para a roça, com quem tinha uma meia duzia de vacas para nos oferecer o leite quente! Por lá a gente
aprendeu a gostar da “tiquara” de buriti, de juçara, de murici; do peixe assado
na brasa, (alguns com pimenta). Foi com nossos avós, que a gente ouvia os
elogios quando nos apresentavam aos conhecidos; por lá aprendemos a subir e
descer as ladeiras ; quer indo para a cacimba
ajudar com a cabaça d’água, ou indo nas vizinhanças; certa vez eu me machuquei, vovó foi logo
cuidando, de outra vez , meu irmão feriu-se numa descida de bicicleta...enfim
nossos avós maternos, foram verdadeiros avós! Fomos seus primeiros netos queridos,
e eu ocuparia uma lauda inteira para trazer boas lembranças, para contar-lhe
tão rica experiência! Infelizmente ambos partiram tão cedo, eu estava com 15
anos completos quando minha avó partiu, oito meses depois, meu avô..
Separei
aqui essas histórias para poder me encher da gratidão que foi mais esse ano de
minha vida, agradecer a Deus porque em 2018 , dos presentes mais maravilhosos ,
posso garantir que foi minha adorável Maitê, dizer que quando perdemos algo,
somos sempre contemplados com a bênção muito maior, sentir que falhei e não
tive “perdão” das pessoas por quem nutria grande amizade, saber que em nossas vidas tudo é tão
passageiro e que devemos desculpar-nos em momentos de falhas... quem não erra? Promovo aqui uma reflexão, e trago a experiência
de meus pais, de convivência, meu filho foi o primeiro neto, foi com eles os primeiros
ensinamentos, bebemos juntos da mesma fonte, uma marca está na voz do ramalho
“oh meu velho e invisível Avôhai, oh meu velho e indivisível Avôhai” , um velho que atravessa a porta, de braços
curtos, de broncas constantes, mas de
grande amor! Acrescentaria os cuidados de minha mãe, a experiência exemplar da
Dindinha, nossa madrinha de tabela, cuida até hoje de todos nós, liga para
saber como estamos, nossa enfermeira, cuidadora, mãe e avó com os devidos
créditos...Dindinha nossa coluna forte!
Somos nós ! firmes |
2 comentários:
Tão belas palavras professora Nilma Sodré!!
Que Jeová abençoe essa nova fase de sua vida (vovó)!!
Texto belíssimo, me emocionei ao ler.
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