Cuidar das pratas de casa |
Trago daqui um exemplo, que se eu
não estiver equivocada encerra hoje um
ciclo de dez anos: viagens aos Fóruns de Educação em Salvador, em Natal, São
Luís.. Projeto Aprendendo a Conhecer, I Fórum de Leitura no Colégio Dr. Magno
Bacelar, I Café Literário, I Gincana Cultural... lendo assim não parece que
esses acontecimentos ressignificaram a história de vida de algumas pessoas, não
parece que ocorreram pela determinação de uma ótica aguçada para construção de
novos saberes, não parece que o
incentivo para aquele show de calouros daria mais asas ao nosso artista local;
nem de longe para os que não fazem
questão de evoluir, não parece que somos além das evidencias, mais, que as
ações dentro do Projeto receberam críticas, comentários depreciativos; no
entanto, a predisposição para que os espaços criassem vidas foi só uma pequena iniciativa. (Para
mim, essas questões de falácias sem argumentos já nem devem fazer parte desse repertório, salvo para
aqueles que sofrem da falta de caráter) Sinceramente, fechados os
parênteses, não trago a socialização de infratores eventuais que em nada
acrescentaram para essa minha página; trago antes o cotidiano de quem foi
aprovada em seu primeiro concurso público aos dezenove anos, de quem por mérito
foi mais uma vez aprovada em concurso, em vestibular para a primeira graduação , dos desafios enfrentados
para concluir a Licenciatura em meses de
férias,a aprovação há quatro anos no curso de Direito, e se o resultado extraoficial não o
trair, a aprovação com 80% de acertos na prova da OAB, recentemente.
A mim me resta participar do
círculo de amizade de tão elevada capacidade em discernir, de zelar pelo nível
de ensino daqueles que estão e conseguem ser cada dia mais construtores do saber e do saber fazer,
de dizer o quanto é possível desatrelar os julgamentos pessoais e
preconceituosos do julgamento pessoal e ético de cada um, de desconstruir o
determinismo de Taine à luz de um único fator: a efetiva competencia, em repetir que os caminhos por mais longos
que pareçam servem de incentivo para aos que almejam a vitória, de acreditar
que nossa “visão prospectiva pode nos perenizar pela eternidade”. Não me acanho
de nenhuma palavra, de dizer que ganhei nas tardes ou noites de planejamentos sempre um
tempo para os debates de discussão promissora, cresci pessoalmente com a qualidade de quem prima pelo "papo" de ideias, com a visão de que a história estava sendo construida por nós,com a percepção para aprender a gostar, a conhecer, a querer . Cresci
com o entendimento de que cada dia é um milagre, cada dia traz uma nuance, uma oportunidade;que as possibilidades estão para todas, bem como estiveram para ela, que o dito popular “santo de casa não faz
milagres” pode ser desmitificado.
Portanto, com mais essa lição, no
silencio, na contemplação,nos ritmos e sons de palavras, em trocas de experiências,em harmonias ou
dissabores de ideias, essa é minha maneira de parabenizar minha amiga que tem
crescido interiormente com a sua fé,com a determinação, a sensibilidade de quem é responsável pela manifestação grandiosa de sua própria alma,com atitudes,
com firmeza; fazendo com que eu reescreva as passagens das canções “esperar não é saber, quem sabe faz o milagre acontecer”;
para mim, em sendo prata todas brilham, depende de quem a olha; essa sobre quem falo brilha e brilha muito. Parabéns, Norma Silva; cuidar da prata da casa é de minha ótica uma recomendação necessária, atribuição daqueles que não se antecipam em conceitos e aprendem a conhecer. Grande abraço! Dois de maio!