Relendo
hoje o texto Tocando em frente, escrito em maio de 2015, me vem à memória algo nada
inusitado, quantas coisas passam, quantas outras tantas deixam de existir em
tão breve espaço de tempo...em meio a essa pequena reflexão, guardo outras,
compreendo que devemos preservar todas as experiências, quiçá como lembrança ,
como ensinamento somente as de caráter
positivo, que deixaram marcas verdadeiras.
Essa
compreensão para mim representa que enquanto me for permitido o sentimento para
o escrever (Graças a Deus) sem obrigações com demandas, posso dizer a cada dia, semana ou mês com que autonomia compartilho
de meus pensamentos, de minhas sugestões; aqui nessa página. Agora, a saber, trago com muito satisfação que
há um ano publiquei meu segundo livro, de lá para cá, é possível que eu tenha
ajudado na construção de outras leituras, oferecendo oportunidades, confiando,
desafiando as conveniências, trocando “saberes”, aprendendo outros exercícios,
estimulando às “transgressões” a fim de rever práticas e valores, sem
necessariamente julgar o errado ou cometer mais equívocos ; em tempo, “tocando
em frente”. Falando agora com uma colega, usei o termo “doidices”, de fato uso
algumas delas como pretexto para a retomada de alguma escrita, de atitudes ou de
incógnitas para alguns comportamentos, porém, numa situação concreta que
alegria compartilhar de um Chá Literario com abordagens tão bem
contextualizadas por meus colegas Domingos Dutra, Idelvanda Santos, José
Antonio! Quantos saberes compartilhados sem a preocupação de quem dá as ordens
ou está na condição de superioridade! E mais essa vez, posso usar o refrão do hino: São muitos os convidados, quase ninguém tem
tempo, vejo, (só uma ótica) que nessas minhas provocações há abertura de
espaço para que outros nomes, bons nomes percebam que “ A Hora da estrela” sem
muito aparecimento, sem a exigência de títulos não deve ser guardado para o
sopro final. Se causarmos essa impressão,
em vida, dá tempo de rever para a tomada de novos caminhos.
Tomo
algumas mãos, recebo centenas, guardo-as e quando há espaços em branco,
compartilho-as; e contradigo as regras de redação porque repito as mesmas
palavras: gratidão, agradecimento aos que me estendem as suas; e se minha
indiferença nas tarefas do dia a dia soa como falsidade ou arrogância, nesses momentos,
penso e quero acreditar: faço tentativas
de escamotear minhas fragilidades e limitações ! (São humanas) Quem não as
tem!? São nessas horas que as lembranças de que a cada dia 28 comemora-se a
passagem de vida de nosso irmão Cabo Sodré, e nesse mês serão seis anos; com maior esperança, de quase três anos da
fortaleza de nossa mãe que entre os “fatos, a força e a fé”, sustentada por essa última, é o tripé
necessário nos cuidados de nosso pai, e não estou aqui para que nesse requisito
eu descarte as minhas responsabilidades ou retire minha participação como filha
; trata-se apenas de dizer que outras prioridades podem ser deixadas de lado, disso
ninguém está isento. São essas coisas
que me envolvem e algumas vezes muito mais por elas “tenho aparecido”, porém
com a sensação de que há virtudes maiores se de algum modo sou avaliada por
esse comportamento: é minha obrigação! Quando ensaio, quando escrevo em minha
página nas redes sociais, quando deixo de prestar atenção nas coisas por alguma
incompetência, quando silencio, quando choro às minhas pequenas dores, já terei
defendido alguma ideia e nela a constatação de que outras preferências estão
simultaneamente sendo atendidas.Talvez não enxerguemos isso... Como uma gota d’água, posso dizer que dia 29
de abril, véspera de um ano do meu ArteSingullar comemoramos com o II Chá
Literário sob o olhar atento de amigos e colegas que vieram prestigiar a
leitura de Memorias do Cárcere; não houve cumprimentos ou manifestações no
entanto, em mim o sentimento de honra, de poder saber mais e melhor com os que se
colocam a serviço do compartilhar. Em tempo, fizemos a nossa parte!
Num
outro campo, com mais emoção e poucos argumentos, refiz a leitura do livro de
Lispector,
cujo o título fiz referencia
anteriormente , nele a protagonista recorre
às previsões de uma cartomante; revirei um poema de Gonçalves Dias , querendo
ou não revelo minhas predileções e reedito o que de certo já foi escrito em
outras ocasiões, outras mãos nos ajudam a chegar mais longe, e ainda mais dessa
vez, repetir: há Deus , que bom! E se
colocarmos todos os nossos planos nas mãos Dele, não há regras de lógica, que
nos impeça de sermos precisos e “importantes” naquilo que nos propomos a fazer,
nos espaços em que ocupamos. É fato que
não agradaremos a todos, ao mesmo tempo, mas ouso com ou sem contrações numa perspectiva
de que minha existência precisa de um significado e devo todos os dias está
inebriada na minha fé para o disfarce da liberdade de opção, de expressão ou
dos deveres da minha profissão. Por último, já quase parodiando, quando nossos
pés sentirem-se machucados demais , a debilitação física nos incomodar, quando pseudas transformações deixarem de
existir , acreditemos: há sempre alguém
para nos carregar no colo, há Deus! E isso não é trocadilho!
Há sempre alguém para nos carregar |