Cuidemos! |
Comecei na edição desse ensaio, antes mesmo de ler ou ouvir sobre a
história do judeu que encontra a samaritana à margem do poço, refiz porque eu
já havia esquematizado em minha cabeça, as homenagens merecidas e feitas às
mulheres lindas e corajosas que
enfrentam as truculências de autoridades machistas; editei porque já era
ideário , sobre a paralisação de 15 de março em que as mobilizações por todas
as partes desse país afora conclamavam sobre direitos ! Grandes pessoas já
entregaram o próprio sangue em defesa de nossas vidas; outros nomes com suas
capacidades de persuasão já foram fontes de força, de encorajamento ou de
inspiração ! E nesse mês são trinta e um dias de determinações positivas, de
movimentos, de ousadias; de confiança pelas escolhas bem energizadas! Dias de
mulheres que acordam cedo e vão à luta, daquelas que em público ou em púlpitos
usam suas vozes para impactaram com mais conquistas; dias incomuns daquelas
mulheres que sabem que é possível melhorar as condições de vida para si mesmas
e para tantas outras porque emitem suas vozes, seus carismas, suas influencias!
Dias de todas aquelas que em seus esforços coletivos registram seus nomes, suas
histórias! Trinta e um dias para todos aqueles que ousam comprometer-se para
que suas presenças sejam notadas pelo grau de sua credibilidade! São sobre
esses dias que aguço minha audição! E o outono chegando mantenho viva essa intenção:
sobre as águas, o respeito aos rios e às grandes chuvas: “o mar obedece àquele
que mantem viva sua fé”!
De hoje, quando sentei comigo mesma, em minha oração e retomada da
escrita, lembrei-me de que fui convidada
nesses dois dias, para está num grande
evento na capital do estado, divulgando e expondo minha arte, exigi de mim e de
minha vaidade que eu me fizesse presente, compartilhei da alegria do convite e
comunguei da participação com mais
alguém, convencida com minha própria natureza parei e ouvi a voz da
razão porque sei que não irei a nenhum lugar sozinha. E minha arte carece de
doses boas de chuvas. Preterindo a decisão, compreendi que há uma voz
silenciosa com a melhor linguagem para todas as horas. Lembrei-me no decorrer
da intuição de que são quase quatro anos dessa luta sadia que temos tido para
cuidar e ainda receber amor de nossos pais; próximo Maio fará sete anos do
misterioso assassinato de nosso irmão , cabo Sodré, esse quadro
não me consola nem me deixa menos vulnerável de que estou nessa hora . São sete
anos que em nossa defesa está o grande amor de Deus por nós! Sete anos em que
somos compensados pelas boas lembranças, por algumas lições! Nesses intermináveis
anos quantas balas atingiram outras dezenas de irmãos? De Genesis ao soneto de Camões : durante sete anos Jacó serviu com humildade ao pai de Raquel;
do sonho de Faraó interpretado por José em que a simbologia dos sete elementos
aparecem como uma previsão do que seriam
os próximos anos; de igual modo, outra passagem, nos adverte que devemos
perdoar até setenta vezes sete. Nesses três exemplos, para quem já leu os
capítulos está uma só mensagem: a do amor, do agir de Deus! De verdade, não
acho que essas referencias vieram assim, repentinamente à minha cabeça, tenho
um caminho a seguir, uma missão, e minha vida não termina aqui aos cinquenta, e
o que é oportuno dizer é que despido de qualquer exagero de paixão podemos
promover melhor a paz almejada. Nada é fácil, ampliar laços, aproveitar bem as
ondas não depende apenas do saber nadar, outros atributos são necessários! No
entanto, vale sonhar! Vale promover os exercícios para alcançar a outra margem.
foto reprodução |
Certeza mesmo a gente não tem, porém as previsões são de que muitas
chuvas desçam sobre nós, ainda esses mês, nada mais natural do que lidar sem
medo com as imagens bonitas de um céu mais acinzentado, com as belas nuvens que
parecem algodão, quem me ajudou a construir mais essa edição, sabe porque não
fui ao evento, e eu terei que mencionar
de novo, um ditado repetido pelo meu pai : “cuidado, mar não tem cabelos” e se
todos os rios correm para o mar, Aquele que nos sustenta saberá nos dar amparo
quando tivermos que andar sobre as águas! De onde retirei essa “bonita história”
, me veio como graça para um momento de tantos ganhos, poder dizer que “sim,
judeu e samaritano bebem nas mesmas cacimbas ” porque todos
avançam rumo ao “deserto que esconde a fonte de água limpa “. Obrigada a
quem gosta da escrita e da escritora . Há semelhanças! Aceitando teu silencio,
Senhor para purificar ainda mais meu coração! Clarear todas as águas!E porque cumpro meu papel de cristã:
agradecer, dormir, sonhar... jogar as minhas redes !
2 comentários:
SUA ARTE ME EMOCIONA!, ..."as reais trovoadas e tempestades, as enxurradas, os raios, os ventos fortes, mudando as direções dos barcos;"...E MESMO SEM ENTENDER AS DIREÇÕES DEVEMOS AGRADECER A DEUS.PARABÉNS!
Obrigada por sua leitura , suas observações! Sou muito grata àqueles que nos ajudam a crescer!
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