Eu devia
estar menos contente, devia revirar minhas páginas em ambos sentidos e
considerar que poucas vezes tenho escrito de julho para cá, devia ter me
empolgado mais com essa onda do ISMO , das adpPTações e tantos outros, no
entanto meu estilo hoje é outro, e nem vim para explicar nada, e essa parte
inicial ambígua e por ora singular, nem de longe se refere aos dias de alegria
pelos quais tenho vivido : convivo hoje com o que pode haver de mais harmonioso
e o mais saboroso dos sentimentos com a presença
de minha sereia mais linda Maitê!
Não fui atrás de explicações, tão pouco pretendo impressionar alguém sobre esse
meu relato, disponho aqui de meu comportamento na condição de avó, de pessoa,
de cidadã, de politica que sou, o que me motiva ainda mais às demais atividades!
MAITÊ
linda e querida esse é meu
mote para todos os demais a partir daqui.
É certo que
trago uma reflexão adormecida ...acompanhei aqui como sugestão , umas canções
lançadas por Nando Reis, mais precisamente a última, de igual modo, acompanhei
uns vídeos e áudios “nas internets” ora fakes, outras assimilações, li e ouvi
os distintos discursos, alguns odiosos demais, outros bem deturpadores,
abordagens que , de longe não traduzem mais nenhum tipo de sentimento, menos o
desejo de uma coletividade; mais que isso a noção de coletivo perpassa por
números maiores do que aqueles que se auto
intitulam muito mais qualificados A
contemporaneidade nos (e falo por mim) assusta, aquelas aulas de História ou de
Sociologia que assistimos entre nossos leigos professores nos inspiram para a
busca de novos combustíveis Eu estive presente! Estranhamente como tem
sido minha inserção, estive presente, elevando os nomes, evidenciando e
acolhendo alguns anseios: estive presente, falando sobre os históricos de quem
acredito , estive presente dizendo que eu posso buscar um diálogo, sem
agressões, sem assumir as dores e usar de facão para intimidar e demonstrar
autoridade, quando estive presente , fiz as observações que devemos fazer a
quem de fato deve ouvir e fazer por nós! Estive presente porque considero que
temos bons nomes e muito boas vozes intercedendo por nós, sim, eu estive! Tenho em mim a sensibilidade e o comportamento
da gratidão! Tenho em mim a
sensibilidade de que sejam quais forem as decisões, precisamos da serenidade,
dias ásperos e necessários temos tido nos últimos anos, e como disse o refrão
de Chralie Braown “ Histórias , nossas histórias! Dias de luta, dias de gloria!” e eu presenciei os motivos da democracia na
década de oitenta, na fase adulta; de
igual modo vi meus pais chorarem ( eu ainda criança) em época de ditadura.. Quando dois de nossos padres e mais uma pessoa de nossa comunidade foram levados de pau de arara, não vi a cena, mas presenciei
a leitura de uma carta que trazia as dores sofridas sobretudo pelo padre José Antônio
na cela e das formas que fora torturado ... quero ilustrar com uma entrevista
que o próprio Padre concedeu, republicada
em 2015, após seu falecimento “em 1970,
o delegado de Urbano Santos, através de um bilhete dizia à Policia Federal que
eu era subversivo .. quando eu estava preso no final de uma das sessões de
tortura, o célebre João Batista Campelo leu o bilhete e eu reconheci que era do
delegado de minha cidade por causa de uma frase que ele sempre usava: “ sou brasileiro e amo minha pátria”!”
Quem ainda teria motivação para permanecer na luta por outras pessoas depois de
tantas atrocidades ? A título de informação , o Padre foi exilado , ficando por
quatro anos fora do país, ao retornar mudou-se para outro estado.
Dias esses, me deparei com uma colega que falava sobre o
exercício da função e me trazia bons recortes a respeito da profissão: sou
professora ! Dizia sobre as influencias que exercemos nas vidas das pessoas,
dizia que é admirável o (a) “professor(a) que deixa boas marcas, fez referencia
a bons profissionais de nosso município, falou tão bem daqueles que embora
partidários, fazem o seu melhor, sem apelos às mediocridades, lembrava de que
em 2009 quando a atuação do sindicato esteve às ruas através de seus representantes,
alguns deles eram ameaçados de morte, e a categoria com união venceu a causa...
alguns de nós não temos mais essa
lembrança. Pois bem: é preciso que
outras gerações lembrem desse feito, vislumbrar a integridade e a conquista de direitos não se atrela
a um único nome, mas um entre tantos nomes precisa encabeçar e liderar isso, para
estabelecer a ordem! De outro lado, tenho
alternativa de escolhas, posso optar em ficar omisso ou do lado de quem luta com honradez e hombridade; posso
desconfiar e protagonizar para que “atitudes melhores” venham e beneficiem mais
pessoas !Se eu quiser , posso fazer a diferença, fazendo meu melhor ! Use sua
ótica e tenha orgulho dela !Precisamos ter o comprometimento com os desafios,
fundamentadas nossas teorias, ensinar e aprender, compartilhar, saindo de nossa
comodidade podemos sim, fazer a diferença ! Todos nós inevitavelmente trazemos
uma sabedoria, uma força, um sonho que pode ser somado a outros, porque não
conquistamos nada sós.. Precisamos a todo instante sermos “ construtores de
nossas histórias”, sem o “capuz”, sem os bilhetes anônimos, sem os julgamentos
e calúnias incabíveis, sem as mensagens ambíguas e deturpadas, defender sem
perder as amizades, sem fazer os xingamentos e aberrações !Ter de todas as formas orgulho de nosso título! Orgulho de nosso
lugar! Tenho minhas falhas, quer nas falas, quer nas atitudes e quando me
escondem eu encontro o jeito de me achar...
Por último me
deparei com um áudio, desses que circulam via zap e dentro de segundos viralizam,
uma voz feminina defendia seu voto, argumentava com duas ou três propostas
ofertadas pelo candidato e se não estou equivocada, pedia aos que votassem no
candidato contrário, caso ele fosse eleito e depois estivesse passando os “aperreios
da corrupção” que fosse ali de mansinho ouvisse um Caetano, quem sabe a Anita..
e não se envergonhasse disso; internalizei essa informação , não retruquei , sair
de meu mundo, procurei ler mais sobre a essência e ideologia de alguns
partidos, li sobre as teses e ascensões aplicadas em outros países, em momento
de crise, busquei informações sobre os políticos que as defendem, e me vi cantando
Geraldo Vandré “Há soldados armados/Amados
ou não/Quase todos perdidos/De armas na mão/ Nos quartéis lhes ensinam/Uma
antiga lição/De morrer pela pátria/E viver sem razão”. Espero de verdade
que depois de lido esses meus “devaneios”, você me diga que não tenho razão, aguardo mesmo,
e lamento mais se estivermos tão contaminados
com “nossas cegueiras” e para realizar propósitos
absurdos sintamos esse sofrimento na pele, por conta de fundamentações
truculentas ! Enquanto isso, estamos por aqui, com alguns dedos apontados para
nós, porque não somos modelo de gestão, porque perseguimos, porque não
operacionalizamos bem, e alguns dos
dedos entre pares nossos que aprenderam pela (in)coerência e em suas faltas em compromisso profissional
só despertam para seu próprio mundo, para aquilo que seu ego determina. Sou
partidária, e “ a coragem de sermos quem somos” incomoda àqueles a quem os propósitos geram conflitos entre as
oportunidades e os desafios! Sou partidária sim, e opto pelo diálogo . Dias ásperos
podem no final nos trazer a doçura a quem almejamos ... perguntamos aqui para nosso Capitão , alertando a ele que haverá
segundo turno, em quem você votará: ele ouve os noticiários , ouve nossas
historias , sabe das coisas. Ora, já atravessamos o mar, que nos custa
manter-se em pé? Sou professora, natural de Urbano Santos e torço para o time
no qual estou escalada; ademais porque não haverá o salvador da Pátria, há que
se lutar para novas conquistas, do contrário, como disseram na antiguidade : ”diáspora”
... defendamos nossas ideologias, sem as cegueiras , sem as idolatrias . PT saudações
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