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Era o ano de 2020, carnaval, festa e tal, todos
comemoram as alegrias , brindam , cantam, ninguém quis saber dos noticiários
.. Até que Março chegou trazendo a
avalanche de informações e a triste notícia de que um vírus se espalhara pelo
mundo ... De repente, não havia mais tempo de fechar as portas, então o vírus
adentrou as casas, sem escolher nomes endereço ou situação. Ele não pediu
licença, não ouviu os apelos, fosse de um ou de uma multidão! Avassalador, impiedoso e cruel, com os fortes
bate de frente e os mais fracos lhe serve o fel, o amargo gosto da impotência e
da vulnerabilidade diante do inimigo invisível, que de repente entra num corpo
qualquer e faz do medo um rosto conhecido. Eu nunca havia, em meus 33 anos,
ouvido um grito silencioso tão aterrorizante! Clamar tão alto como no interior
das residências que tiveram seus entes queridos arrancados sem dó, sem piedade,
sem velório, sem dignidade... por lá? Lá não teve despedida, só a dor da
partida que teve, o silêncio implorava de volta o que foi tirado, o silêncio gritava
e gritava insistentemente... mas a pressa estava ali! Agora, outro lar
invadido, outro irmão espera uma vaga/vala...um adeus que não houve tempo de
dar.
Não deu tempo de fechar as portas, “ porque
nada é em nosso tempo” mas e o coração
deu tempo abrir? Houve tempo para a gratidão? Para tempos de horror a empatia e a fé hão de
servir! Para o momento: portas fechadas cidades
vazias, mãos estendidas, mais corações abertos e joelhos no chão... orar é um bem
necessário... ah, quão lindo é poder da oração! Da gratidão, da oração e ambas
de mãos dadas darão vida a nova humanidade !
Sairemos dessa!
Professora Ilma Cristiny
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