Em meio a tantas artes e culturas importadas, quero falar de nós, de nossas essências, de nossas expressões, de nossos trabalhos, falar de centenas de “gente” que se propõe a contribuir, a somar e multiplicar, apesar dos percalços, da nocividade disseminada pela crise! Nossa história, nosso município. De onde falo, na condição e no exercício da função, desde que comecei , incito para o compartilhamento de experiências, para sairmos das quatro paredes, dos quadros e dos papeis para, em posse da informação, irmos para os anais de nossa instituição, de nossa cidade. Fiz esse prólogo e quase me antecipei nas repetições, sou prolixa na construção da escrita, mania de repetir o óbvio, alegro-me com as reações positivas, acato sugestões e quando me sinto acuada diante de qualquer desafio, busco a tese para que iluminada encontre os argumentos necessários. Ressignificar as diferenças e sobretudo as diversidades das quais tanto falamos; em colegiado compreender que toda e qualquer cultura ou tecnologia inovadora não substituem a prática do diálogo e do consenso para um bem comum! Quero falar de uma coisa, e falarei: de nosso imaginário, desde que planejamos as primeiras ações, muitos de nossos pares tem demonstrado melhor autoconfiança, para a maior parte deles é indiscutível que os trabalhos apresentados nos Saraus que promovemos há cinco anos, dão-lhes novos conceitos, promovem em si próprios a autoestima, sobre coadjuvantes .... eles também aparecem na fita, do contrário, a olhos nus não seriam identificados.
Pois bem, trago como objeto de apreciação e crítica, meu olhar sobre o Fórum
de Leitura, de algumas propostas modificadas, da valorização do profissional
que executa as atividades na sala de aula, das possibilidades de interação e
troca de saberes, de uma cultura que é nossa e que por alguns descuidos
desconhecemos, da desapropriação do Projeto para que outros olhares
identifiquem conceitos! Muito fácil para mim, desestimular meus colegas em se
tratando de diversidade, da soma de culturas e do resgate das histórias quando
eu mesma não promovo essa valorização! Quando penso que em fazendo a minha parte (como alunos
secundaristas) terei mais ou melhor reconhecimento! Fácil demais reproduzir a fala de alguém que
ouviu dizer de que o projeto “um passeio na roça, o cotidiano das comunidades
rurais” não acrescenta em nada meus conhecimentos teóricos, não ajuda na leitura
de meus alunos! Facílimo dizer, sem sair de minha comodidade que precisamos
planejar melhor nossas atividades, dividir em qualidades nossas atribuições se
dentro de mim pairam as dúvidas sobre meu exercício! Superlativos me faltariam
para engradecer e elogiar nosso trabalho, é minha opinião, baseada em minhas
leituras, e possibilidades expostas! Aplausos, sobretudo aos alunos expositores
dos trabalhos trazidos! Obrigada Andressa de Sousa, Marcos Willian, Alex
Lisboa, Graziele Sousa , Samara Brito e
Thaisa Evangelista a participação de
vocês engrandeceu ainda mais nosso V FÓRUM MUNICIPAL DE LEITURA, precisamos
nos orgulhar de vocês ! Destacar a
contribuição do meu amigo, sociólogo
Professor Iran Avellar, sublimar
mais essa vez aqueles “piquenos” do
Ana Angelica com a releitura de Lampião e Maria Bonita de Raquel de Queiroz; nas
“vozes que fazem a diferença”, ouvindo os moradores, a diversidade cultural em
cada detalhe, que compreendem que nossa cidade tem história, que auxiliam na
redescoberta de novos conhecimentos, que
saem da sala de aula para atravessar os rios e visitar as palmeiras, quer seja
de juçaras, quer seja de buritis ; Balaiando,
deu trabalho e altivez , de ver e participar, das interações e da vaidade
coletiva, conversando, resgatando e
apropriando-se literalmente de novas cidadanias, pedindo abrigo noutros municípios, nas
trilhas de nossa cidade ! O despertar dos talentos nordestinos hoje faz parte
do repertorio dos nossos jovens do Polo VIII acrescentou o repertório dos alunos; penso que movimentamos e
conseguimos incentivar para a leitura... De agora sentada, defronte o notebook,
me veio a mente a Sétima Arte, essa linda arte, como se eu estivesse vendo todas as exposições, ouvindo minhas próprias palavras de
incentivo, de gratidão, de reconhecimento, como se eu estivesse lendo as
mensagens que alguns colegas lembram de nos enviar “tudo muito proveitoso, mas
na ausência da perfeição, pode ser melhorado”! Minha cidade tem histórias, outras
tantas, na participação do evento em Itapecuru na AGRITEC com nossa tiquira
natural, com nosso artesanato das senhoras de minha cidade; na reconstrução das
estradas que dão melhores acessos; tem histórias, trazendo nossos meninos da
zona rural, e eles mesmos enunciarem “ nunca imaginei que pudesse está aqui ,
defendendo um trabalho para tanta gente”; tem histórias participando do projeto
Balaiada com vistas a colocar nosso município numa rota de turismo, de
valorização de cultura, na descoberta da fatos, do conhecer a Geografia; respeitando
os profissionais nas diferentes áreas ! Quantas histórias ! E nessa edição de
Fórum, nas coreografias culturais apresentadas, na voz e violão da menina
Larissa Mesquita, nos stands ricos de
artefatos, de alegria, de cores, de significados e grandes significantes, nos
detalhes, nas observações necessárias apresentadas por quem adora compartilhar...
Encerrei minha fala naquele momento oportuno, agradecendo a Deus, fazendo
uma citação feliz de nosso pai, agradecendo a nossa Prefeita Iracema Vale, aos
membros do legislativo, a todas os colegas que compõem nossa equipe, estendendo
aos que dirigem ou coordenam,
agradecendo aos professores de modo muito particular; e ainda com uma passagem Biblica que diz “dai a Cesar
o que é de Cesar”, para reforçar a
leitura, o sucesso e o desmembramento das expositoras que se colocaram a
serviço para facilitar “o caminhar” daquelas crianças, do terceiro ano, no
processo, na harmonia do trabalho entre as três colegas, nos depoimentos dos
pais, na aceitação do desafio, sinto orgulho de nossa classe, nesse exemplo e tantos outros que acompanho
por aqui “mérito vem com o tempo, vem
com a humildade da doação”. Minhas
caras, em nome de vocês Francisca Claudia , Divina Dutra, Gildemar Batista
reforço minha reflexão: Minha querida cidade
, como tenho feito para somar, multiplicar e compartilhar? No quesito diversidade,
não me basta dizer todas as conjugações se me faltarem "os papeis"! Lancemos as
redes sejam quais forem as profundidades das águas; a par disso, semear é
preciso apesar dos joios! Na repetição das palavras: “Eis-me aqui”!
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