"nasci dura, heróica, solitária e em pé.”
Nasci anjo,diabólica,contundente e com muita fé
Nasci, isso é tudo;não sou fenômeno
sou gente simples, da silva, sou incompleta
sou humana, inconsequente, com algumas falhas
em meu nome sou SODRÉ
Quando a vida na escola, falha!!
O meu mundo tinha uma
solidez sem tamanho, é possível que eu nunca tenha parado pra pensar na
necessidade em cuidar da minha própria vida, menos ainda em preocupar-me com
acontecimentos, pessoas, ambiente, transformações. Essa era uma hipótese
descartada, digo isso do ponto de vista prático. No entanto, aos poucos me dei
conta das inúmeras decepções as quais tenho que enfrentar: das desconfianças
com o ser humano, com os desafios da profissão, com as fragilidades, os
dissabores...
Na condição de professora,
trabalho geralmente com as preocupações básicas de ensinar a ler e escrever,
além disso, promover o incentivo para as diferentes leituras, através da troca
e doação de livros didáticos; ao concluir o ano letivo, em meus questionamentos
e autoavaliação, percebo que renovei tão pouco, não fui capaz de transformar em
nada aquele ambiente conservador de sala de aula, não fui capaz sequer de
evitar que aquele adolescente entrasse no mundo das drogas; não fui capaz de
evitar que mais uma adolescente fosse mãe precocemente, mais, não fui capaz ao
menos de conduzi-lo para um caminho que não fosse o do crime. Então, onde foram
parar minhas lutas por possibilidades e cuidados com a vida, com o futuro e com
o presente?
Aqui, começo a notar que as
minhas indicações de leituras, minhas citações de regras e acordos ortográficos
não fazem parte do mundo desses adolescentes os quais me comprometo em
educá-los; saem para as noitadas, trocam farpas, bebidas, drogas pesadas, esquecem-se
de valores, esquecem de que por muito menos podem ser felizes. É assim, que
introduzo a parte que fala do assassinato de nosso aluno, numa festa de reggae,
pelo que contaram ele estava tão feliz, e sua algoz, com uma idade tão
inferior, (ambos nossos alunos) resolveu testar seu pequeno canivete. Passamos todos nós, dessa
escola, o dia inteiro tristes, porque esse mal se prolifera, atinge todas as
camadas sem dó, a vida perde o sentido,
no meu esforço pedagógico (quase solitário) apenas com quadro de giz, giz e
apagador, não convenço meu aluno de que ali é o melhor lugar para ele. E para
que eu não seja a única a convencer os demais que perderam esses colegas, instigo
os outros de profissão a defenderem a vida, a envolvê-los em tarefas
verdadeiramente significativas para cada um.
Para concluir, lembro-me do filme Nenhum a menos, nele aquele criança que ficou responsável por tantas outras, conseguiu o milagre da luta pela vida, se não serve como respostas ou consolação para os que perderam a colega para o crime, e o outro para a violência, pelo menos tenho feito um esforço, de trazer para sala de aula, recortes de jornais, manchetes dos noticiários diários, construindo neles a sensibilidade de que precisam desfrutar daquilo que é benéfico para suas vidas, que é possível criar uma cultura de paz, reavaliar nossas ações em prol do que temos de melhor: a vida. E mais uma vez nessa minha aula triste, com o pó branco do giz, e as tarjas pretas pelo duplo suicídio sem sabor, sem nexo; as minhas aulas descartam as concordâncias, as regências e conjugações verbais; para lidar com um paradoxo sem tamanho: a morte desses dois alunos, antes que a escola acabe sem ter tido a oportunidade de dar um sentido para os poucos que ainda resistem.
Para concluir, lembro-me do filme Nenhum a menos, nele aquele criança que ficou responsável por tantas outras, conseguiu o milagre da luta pela vida, se não serve como respostas ou consolação para os que perderam a colega para o crime, e o outro para a violência, pelo menos tenho feito um esforço, de trazer para sala de aula, recortes de jornais, manchetes dos noticiários diários, construindo neles a sensibilidade de que precisam desfrutar daquilo que é benéfico para suas vidas, que é possível criar uma cultura de paz, reavaliar nossas ações em prol do que temos de melhor: a vida. E mais uma vez nessa minha aula triste, com o pó branco do giz, e as tarjas pretas pelo duplo suicídio sem sabor, sem nexo; as minhas aulas descartam as concordâncias, as regências e conjugações verbais; para lidar com um paradoxo sem tamanho: a morte desses dois alunos, antes que a escola acabe sem ter tido a oportunidade de dar um sentido para os poucos que ainda resistem.
PASTORAL DA EDUCAÇÃO: CONVITE
DIOCESE
DE BREJO- MA
PARÓQUIA
NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE
AV.MANOEL
INACIO, URBANO SANTOS -MA
CONVITE
A Paróquia Nossa Senhora da
Natividade convida VOCÊ, professores, pais de alunos, alunos, agentes
comunitários de saúde, representantes de associações,profissionais da educação
e demais pessoas interessadas neste tema para que participem do I Ciclo de
Estudos para a formação da Pastoral da
Educação em nossa Paróquia.
A participação de cada um é livre e
consciente, escolha feita pela fé, por aqueles que são protagonistas no
processo de evangelização na esfera da educação.
Dia : 20.04.
Igreja de São Francisco à Rua
Dez de Junho
Horário: às 14:00h
Agradece a coordenação provisória da Pastoral
Metáfora da Noite
Havia uma gota em uma nascente de rio.
Era uma simples gota, nada mais que isso.
Mas em sua insignificância tinha uma utopia, um sonho.
Sonhava em um dia, após vencer a correnteza e chegar ao encontro das águas, virar mar.
Ora, quanta pretensão! Uma gota, uma simples gota, querendo virar mar…
Era difícil, sabia ela, porém não impossível.
E agarrando-se nesse fio de esperança seguiu o seu curso natural de rio, sempre pensando no dia em que certamente encontraria o oceano.
Desafios foram surgindo: pedras, evaporação, galhos, entre outros obstáculos, mas ela nunca desistia.
Outras gotas que partiram com ela não chegaram ao fim, ficaram pelo caminho.
Esta porém, talvez pela sua persistência, pela fé que tinha, de uma forma ou de outra sabia que um dia chegaria lá; e de fato, chegou.
Venceu todos os obstáculos, chegou ao encontro das águas e finalmente realizou seu grande sonho.
Hoje aquela gota, aquela ínfima gota, é mar.
Graças à sua persistência conseguiu o que era considerado uma utopia, uma pretensão incomensurável.
Não importa, hoje aquela gota é mar.
Você também pode ser mar, só depende de si próprio.
Você pode ser como aquelas gotas que ficaram pelo caminho, ou como a gota que protagonizou esta estória.
Só depende de você!
Fonte: golfinho.com.br
Publicado no Blog de Robert Lobato em 08.04.2013
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