Cinquentas: cinco ou 85 vezes vidas mais tenras


Porque não está errado o ditado mas opto por refazê-lo, “porque o pai é lindo todos nós somos as mães”, nessa edição em que completo meus “cinquentas” , no mês seguinte, meu pai, ora cinco, outras , na maior parte das vezes, oitenta e cinco; no entanto,  com ele não tem carnaval triste, graças a Deus canalizamos todas as forças emanadas por ele para a aquisição de bênçãos e a garantia de que nossa esperança se converte diariamente em virtudes e providencias divinas. E essa minha história é sobre Mães, um filho, um enorme Pai, bênçãos e a presença do Espirito Santo para aperfeiçoar a vocação, provocar melhor esse meu dom!  
Comemorando a vida!
Numa recente leitura de homilia do Papa Francisco, deparo-me com dizeres e passagens muito idênticas ao que ouvíamos com muita frequência de meu pai, “Seja  qual for vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, tendes orgulho e serás recompensado”, por esse caminho temos procurado trilhar;   nossos pais sempre foram nosso maior orgulho, por  terem sido criados na roça, nos deram lições de quanta diferença havia entre uma caneta e uma enxada, nos acordavam cedo para que aprendêssemos a apreciar melhor o nascer do sol, não faziam promessas que não podiam cumprir; quer ser na aquisição de brinquedos, de roupas ou outros bens quaisquer... o militar, o padeiro, o dono da pequena  quitanda  na rua principal, era nossa  maior autoridade, em situações conflitantes nos colocava no colo com a mesma ternura, com as poucas palavras e com o mesmo e enorme amor; assumia conosco nossas fragilidades  nos dando novas incumbências, maiores incentivos, parábolas e mais que isso, exemplo.  Esse ser humano crível, é José, aquele por quem Francisco, a Vossa Santidade define como “o guardião das fraquezas”; é bem capaz de chegarmos com os ombros cansados das cargas diárias, o peso das viroses e  de encontrar naquele berço o “principio da vida ali” , fazendo nascer as coisas mais lindas de nossas fraquezas, segurando em nossas mãos, garantindo que a ele foi confiado a nossa luz, nossa mansidão
Há realidades muito tristes entre nós, quando presenciamos algumas maldades e violências domesticas com pais idosos, quando filhos autossuficientes transformam seus pais em verdadeiros escravos, quando pela falta de tempo, os filhos se esquecem de dedicar cuidados e atenção necessária. E eu também fracassei nesse ponto, de vez em quando, mas confio  que o Senhor tem apresentado para nós, chances diárias de transcender para o sustento através da fé. Maria, nossa mãe, persevera na oração, nos encoraja a resistir sem dispersão, nos ensina  a pratica da caridade; graças a Deus a fé vence o sono, dribla o cansaço, anula as dores, Meu pai, minha mãe de corações e pulmões de aço, de afetos recíprocos entre si, não se ouve um gemido, uma reclamação de dor, as santidades se confundem, ora o José o servo bom, silencioso e trabalhador, ora a Maria, com seu amor insondável, invisível, curador! A esperança triunfa sobre nós todos os “amanheceres”, o milagre acontece à tardinha na hora do terço, ao levantar-se, ao abrir os olhos, dizendo que está tudo bem! Trago à memória de uma vez a parábola dita por meu pai sobre Maria Madalena...a presença do pecado não deve nos afastar da santidade, porque tudo aquilo que vemos por fora, Deus vê por dentro; e qual de nós nos porões da humanidade está escolhido para atirar as primeiras pedras?  
Hoje oito dias depois das primeiras linhas, é aniversário de meu irmão Sodré, cantor, parabéns pelo dom de tua vida;  algumas nuvens e chuvas fortes já passamos; dia 28 próximo, assistiremos a passagem que se confundem há oito anos com a morte  de nosso irmão Cabo Sodré; com o coração humilde sabemos da necessidade de perdoar e pedir a misericórdia do Pai, para nós! Eu silencio para a transformação! Eu silencio porque “sei quem está comigo até os fins dos dias”! Silencio para poupar a vida, para manter as boas lembranças; silencio para homenagear boas amizades! Todas essas minhas manifestações, trazem meu olhar de filha, de mãe, de irmã, de futura avó; não invado a vida de ninguém... nessa tríade: cinquentas, cinco ou oitenta e cinco trago o recomeço de uma nova etapa de vida, quando a  Maitê chegar , já terei completado meus cinquentas; meu pai, nesses cinco anos sob nossos cuidados, terá completado oitenta e cinco e certamente diremos: “Papai aqui está sua bisneta, se arrume para que ela possa se aninhar em seus braços” , abrirá os olhos lindos numa demonstração de  maior alegria! Confio sempre nesse amanhã, sem soberba, porque nossa sintonia com o Pai e com Maria nos faz enxergar assim... quando o filho é bonito, queremos ser sim, meu pai, ser seus filhos amados, suas mães amorosas! "Maria, nos ensina todos os dias a sermos novas criaturas "!





Sobre um Gra(N)de Amor: nosso, de nossas vidas, de Mãe(tê)



Antes mesmo do insight “sobre o desejo de aprender a fazer tricô”  meu blog havia alcançado um pouco mais de cem mil acessos, eu precisaria  escrever sobre isso para agradecer, para ratificar entre meus leitores a necessidade em mantê-los fieis à essa escrita,   nossa última postagem http://contosetal.blogspot.com.br/2017/11/para-nao-ferir-ninguem-evite-armas.”  conseguiu o recorde de acessos,  porém nosso novembro começou meio acinzentado, por perto de nós, tragédias escabrosas nos fizeram pensar sobre nossas vidas e a respeito de que convivemos! Nem tudo “é azul da cor do mar”, nem sempre “nosso melhor romance” como disse um antigo escritor , é o que traz a história mais feliz! Fiz meus primeiros esboços, pego um pedaço da história aqui , outra dali, acertadas as últimas informações... ouço uma voz tímida ao me dizer: __ “Mae , tá na hora de produzir uma nova história... sobre um grão de amor”; metáforas a parte, tenho enorme dificuldade para escrever sob demanda, depois, fiquei ausente de minha cidade, viajo, volto, nem desfaço a mala durante alguns dias, em parte pela função, de outra, pessoal, pela chegada de meus irmãos, na capital do estado, pela fragilidade com minha própria  saúde ! E para mim, uma emoção sempre puxa outra, somos essa família de nove irmãos, e esse mês há pelo menos quatro anos, os que moram fora do estado vem para visitarem a nós e aos nossos pais, considerando nossa luta diária em favor da vida! Só agora me dei conta : era novembro quando idealizei esta história, há seis meses, e quanto tempo nós temos? “Pouco tempo ou todo tempo, depende de nós”.
Fonte: Nary Rissane
Quando sentei para escrever as primeiras linhas, eu havia parado por algumas longas horas , na porta de meu pai, remoendo todas as boas lembranças  voltei o olhar para aquela quadra, e vi o menino mais lindo sendo chamado para o banho, porque estava anoitecendo; voltei-me para dentro de mim mesma, e enxerguei os primeiros desafios, pressenti todos os cuidados de meus pais e de meus irmãos para com  ele, meu pai fora nosso pai; destacava ser chamada “minha  mãe”, aos meus pais, “Papai e Mamãe”, como tem sido até os dias de hoje!  Seria uma boa lembrança poder dizer: “ a senhora queria que “eu sesse”, igual fulano”, nunca quis. Quis mesmo que “sesse” o bom filho, o respeitoso neto, o profissional responsável e respeitado e certamente será o  amável pai! Tenho o maior orgulho, porque grande parte de minhas lições foram aprendidas com meu filho, enormes lições! Contei-lhe certa vez sobre o dramático filme o Óleo de Lorenzo, da busca insistente de seus pais em encontrar a cura para seu amado filho, no filme, a comovente história permite-nos pensar sobre a vida, essa breve passagem, e do amor doação dos  pais para com os filhos , e nalgumas vezes que tinha dificuldade para tomar qualquer  medicamento como ainda tem sido, eu dizia que “ aquele era de “óleo de Lorenzo”; para trazer-lhe a cura. Eu o criei sem a presença física de um pai, certamente, juntos fomos criando coragem para nos tornamos mais fortes, fomos  curiosamente redobrando os cuidados e buscando serenidade quer na partilha de boas experiências, quer na descoberta de novas missões. Ressoam em mim a festa de Aparecida, o júbilo, a lucidez e a esperança na santidade. A invisível festa na visita de meus irmãos que residem distante, a acolhida espontânea no stand up de nosso irmão mais velho; a interessante circunstancia do aniversario da Dulce, das boas convivências,do discernimento; da gratidão, das idas, vindas, das janelas dos ônibus, da casa, das janelas da vida... 
Minha história começaria com um insight, é fato, mas ouvi uma canção linda que retrata a história do "grão de amor " , linda história.. E hoje dia 04 de Maio de 2018 há quem pense que desistir de escrever, há quem torça para que eu desista, há quem não nos queira mais o mesmo bem!. Tenho sido suficientemente forte,  o  fato é que emoção demais não me deixa completar todos os raciocínios! Vir à tona de que há tantos equívocos nossos em vida sobre quem podemos contar! Obrigada #Minhamãe quando está bem contente #minhamaezinha.... estou aqui na idade: meu amado filho, meu querido Neto! Obrigada Senhor por todos os dons, pelos cuidados, por inúmeras oportunidades, muito obrigada!  Obrigada pelos cuidados e livramentos e muito obrigada porque me dás a chance da vinda de minha querida neta . Obrigada Senhor,  porque tão boas lições eu e meu filho aprendemos com nossos pais! Minha vista embaça, porem não embaralha todas as palavras; e nessa missão de filhos, de irmãos, de amigos caminharemos de mãos dadas rumo aos meus cinquentas , em junho, e comemoraremos a vida, a alegria da vinda de nossa Maitê, com os   85 anos de nosso Guerreiro José, e outros cinco anos das lutas diárias , nossas, e de nossa mãe, de fé, de muito amor,  nos cuidados básicos , na atenção necessária. E me alegrará bastante, poder refazer o refrão daquela música   : Aqui está meu irmão, minha irmã, minha mãe, a mamãe, o meu filho e seu Pai; nosso Pai, o papai; minha mãe, sobre  nós, todos nós, um grão de   amor paira para trazer mais alegria ao nosso lar: Maitê! Na arte, na devoção, em todos os cuidados, na gratidão, mês de Maria, todas as Marias que me estendem as mãos. Obrigada minha Mãezinha do céu!


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