És tu Vitória, a cheia de graça!




 Toda vez que trago um novo texto para o blog, procuro minimizar a linha tênue existente entre “a lógica e a emoção”, no entanto pelo que me dizem, não é isso que dá credibilidade à escrita, apresenta respostas convincentes sobre aquilo que escolho escrever, aliás, ouvi dizer, que escrevo só besteiras, e até concordo, porém, o pensamento floresce é na informalidade, em minhas alienações;  as  pessoas criam uma certa empatia por essas palavras , sérias ou não e por isso se dispõem a ler o texto  (penso assim) e  a divulgação desse, não deixa de ser em última forma a exposição de quem o escreve.
E o anjo anunciou
Nesse mês, se eu fosse acrescentar às tantas possibilidades que mereciam destaque, depois do dia trinta de julho, uma reflexão sobre algumas tiradas do “pão e circo”, com a vinda da Peça, trazida pela Secretaria de Cultura,a apresentação do Projeto Carroça na Roça, aqui na sede e em Cajazeiras, a participação na formação continuada (de críticas, elogios, acertos), a nossa festa em família no Dia dos Pais, o Dia do estudante... como tudo demais é sobra, tive dificuldade em delimitar e estabelecer um foco pelo qual eu me encantasse. Eu preciso me encantar! Foi passageiro, retomei com minhas potencialidades, minhas escritas simples, algumas expressões repetidas, olhei para os lados, olhei para frente e notei que conto com os mesmos laços de amizade; convicta de que em minha imaginação guardo os melhores presentes, as mais bonitas histórias, e o desejo enorme de conhecer, de querer saber, fazendo de minha rotina, um gesto para o agradecimento, encurtando distancia, promovendo a igualdade, usando as redes em favor de minhas escritas ou de minhas leituras.  Não escrevi de ontem para hoje, viajei com as folhas de papel nas quais comecei as primeiras impressões.
Não sei  se na contramão, no entanto, depois que refiz algumas leituras de meu próprio livro, atentei para alguns dizeres escritos há três anos, em    E o anjo Gabriel  não habitou entre nós”, escrito em momento de quase total esterilidade, da inversão de valores, da indisponibilidade de resiliência, a desesperança em gestos humanos; naquele dia, voltando da casa de minha meia irmã, vestir-me de roupas alegres, festivas, comecei a escrever não sobre ficção, mas uma história compromissada com a fé, daquilo que eu ouvira de meus pais, das leituras feitas na Bíblia, do que a gente aplaude entre um ou outro ídolo; todos os sinais de raiva foram perdidos quando sentei-me para escrever e pude dizer: JU  não desista  de você! Repetidas vezes, pedindo que acreditasse, confiando que o anjo Gabriel havia vindo para salvar vidas. Que aquele momento sombrio passaria e uma luz surgiria para o compartilhar de novas caminhadas porque todos superam a dor da perda ! Agora que vejo essas palavras postas, sem materializar nenhum gesto, me parecem poucas; e penso todas as vezes, “bem que eu podia ter feito mais”. Espero sim, muito mais de mim mesma, porque o cortar a carne, nas artes ou em representação não dói nem um pouco.
Desta vez, três anos depois, fui tocada por uma feliz coincidência, quase na hora de sair para visitar a linda Vitória, lá, o riso fácil refletido no semblante da mãe, a mão exposta para “dar a bênção” , os pequenos objetos espalhados, os brinquedos...e na parede da casa em letras bem graúdas  o nome do anjo que de passagem ensinou sobre amor materno para nossa meia irmã. Depois fui à Escola Santa Maria Bertilla para a divulgação de meu livro com alguns alunos e mais uma boa lição de alegria, de gratidão eu trouxe dali, e essa publicação de agora quando a finalizo é para repetir que “ a esperança é sim a penúltima que morre” , que precisamos ser correntezas de fé, que o plantio em terrenos férteis trazem bons frutos. E como me foi dado a chance de poder contar essa história e eu nem sabia sobre o título, mas me antecipei em dizer: És tu Vitória, a Maria cheia de graça ; vieste para espalhar amor, deixar rastros luminosos em palavras e gestos. Salve! A promessa está sendo cumprida.

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