Para o mesmo amanhã, pelo menos duas impressões !





 Recuperam-se as energias é aqui, na poltrona, do lado, vendo a vida pela janela. Um anjo sempre vem quando o outro falha ... Eu quis começar bem daqui e essa prosa começou ser editada  dia 15, sexta-feira, quando de súbito, arquitetei uma viagem, e essa seria “a viagem” para  um novo olhar,  por providencia divina não aconteceu. Reorganizei as malas e dia seguinte  peguei “o trem das nove”. Quase todos nós, naquele dia estávamos ansiosos pelo o que seria do “amanhã”, considerando que dia dezessete os primeiros passos seriam dados rumo ao processo de impeachment da Presidente Dilma. Na viagem, se não fosse por uma mensagem com a canção AMANHÃ de Guilherme Arantes recebida via whatsap, eu nem lembraria de que o país passaria por essa “crise política” em seguida, uma outra de que a BR 135 seria interditada pela mesma motivação ...  Absorta em outros pensamentos, voltei-me para as mensagens e no susto disse  : Nossa , “o que será  amanhã”!
porque tem fé!
Na estrada, fui digerindo as informações, trazendo à memória os mais distintos acessos, as perspectivas plantadas especialmente entre os mais de cinquenta milhões de brasileiros nordestinos, os discursos contemporâneos da continuidade de avanços e conquistas, os pragmatismos, os nomes dos representantes que escolhemos para nos representar lá na Câmara, as composições diversas da sociedade brasileira. Porém, ali, na estrada eu não teria fundamentos para defender nenhuma “tese”, aliás, quantas opções de leitura eu teria condições de obter com apenas um sinal? Naquele dia nas  redes sociais , todos  com poucas exceções falavam somente disso e o perigo estava justamente aí: “  o saber demais através das redes, para saber usar de menos, na vida”; estamos nos perdendo  com quantidade de acesso e na qualidade de   aplicabilidade.  Fiquei assim, poucos passageiros “no trem” e fui me lembrando de outros momentos marcantes - de minha infância , quando na década de 70 Padre José Antonio ( já falecido) e Dom Xavier foram presos aqui em nossa pequena cidade, acusados por adversários como comunistas, (lá em casa todos choraram)  depois; de um outro momento na década de 90, em que fui “acusada” de conspiração contra o gestor de uma  escola do município, outros flash podiam ser citados na hora em que digito, porém...   E até nisso agravam-se alguns preconceitos. Os próprios registros nos dizem que toda história precisa de marcos, para quem sabe, depois deles, algumas providencias sejam tomadas.  Seguindo no meu itinerário que teria tudo para durar um dia, o motorista adiantou que não pararia, desejando chegar mais cedo, e porque temia a lentidão no  transito “naquelas buraqueiras” . Outros acessos, links, mensagens...   não dormi  e o meu espírito ansioso preparava-se também para o dia seguinte, para o dia de amanhã, pelas trocas de informações, pelas leituras de links e compartilhamentos. Entre defensores e opositores, as trocas ou acusações eram contínuas! Sim! No entanto, de algum modo parecia contraditório para nós cristãos, esse sentimento porque é bíblico e sabido por todos , a orientação que diz : “portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará suas próprias preocupações.” Ainda assim, outras boas esperanças para “ um novo dia, cheio de alegria” povoavam meus pensamentos.
Ponto de chegada! Chego ao meu destino, boa recepção, pai, irmãos, sobrinhos queridos, (alguns mais bonitos, rsrsrs) três Marias haviam tirado um descanso, vieram para a terra natal; à noite, sentei-me na poltrona ao lado o símbolo desses quase três é mais uma vez citado e lembrado por mim; nosso domingo começa desde a madrugada, os assuntos da casa estão em torno do mesmo tema; seguimos até que finalmente começou a bendita sessão, eu nem quis acompanhar ao vivo aquele movimentado processo; mas não deixei de ler as mensagens e de algum modo a sensação de ansiedade e incerteza tomavam conta de mim. Voltei-me para o quarto, da janela, e optei por acompanhar pela internet, não por muito tempo. Recolho-me de vez para dormir, para evitar turbulências de tantas negatividades do que eu ouvira até àquela hora, infelizmente fui surpreendida por crises de enjoos, vômitos, mal estar, algumas dores... e assim foi toda aquela noite, e mais uma vez eu acreditava no amanhã; não seria possível que eu estivesse  doente. E o meu “amanhã” da segunda  não foi dos melhores. Abatida, acamada, sem que eu me alimentasse, sob os zelos da mãe e das irmãs, água, agua de coco esperando naturalmente que pudesse levantar-me com automedicação; era terça-feira, até que aceitei ir para o hospital ...Conservada a lucidez, peguei para a releitura o livro SE HOUVER AMANHÃ e como abstração de algumas coisas de minha realidade, uso de vez em quando essa expressão numa mesma pergunta: Haverá o amanhã? Convicta da resposta de quem protagoniza já sabe o dizer: _ sim haverá! Sentindo-me mais forte, retornei à minha cidade; na despedida de meu pai, está ele lá, estende as mãos e sente a nossa partida, os olhos não são os mesmos de nossa chegada, a saudade ali deve cortar, discretamente lacrimejava.  Daí em pensamento eu repetia: “amanhã será um novo dia” de esperança, de otimismo, de muita fé. De retorno, a minha indisposição ainda prevalecia, sinais sutis daquele “fastio” perseguem meus instintos, e repetidas vezes eu podia dizer: sim, estou bem melhor!  
Talvez eu seja muito mais chata do que pareço, é possível que alguns colegas que leem esses textos, nem se impressionem mais com minhas palavras e atitudes, (são tão óbvias e repetidas) no entanto,  de um lado o contexto político, de outro lado as convenções do dia a dia e em quis compartilhar isso :   apesar de você, haverá o amanhã, uma sintonia com o Chico, e uma referencia ao Sheldon! Para os otimistas, aos que preferem a paz, aos que aceitam a evolução do homem, aos que trabalham pensando no bem coletivo, aos que optam pelo discernimento sempre  haverá o amanhã. E quando houver resquício de tristeza, de desamparo, sinais  de perseguição e negatividade, mesmo assim, por tudo com que temos convivido,  o “amanhã será um novo dia”. Essa é minha impressão!

Trezentos e um pouco mais: trinta ou três... histórias




         Sento-me aqui por mais essa vez e quase comecei minha história com ... Já era uma vez e se passaram dez anos ! Trinta! Três! Trezentos!  Eu sabia que mais de uma coisa especial eu teria para escrever e comemorar nesse mês! Eu sabia! Aniversário de minhas tão boas irmãs, de minha primeira sobrinha linda e inteligente Fernanda e de meu livro número II, ArteSingullar! Dia trinta! Dia trinta... Uma pequena lesão me afastou de canetas, papeis e computadores, ainda bem que está quase sanada. Diante desse papel cuidei rápido em responder: Que bom! Graças a Deus!Na ausência de talentos, algumas motivações. E nessa minha página uso quantas posso porque minha arte tem disso: reúno retratos, recortes e esperanças sem inequívocos de que tenham suas belezas!Não há linearidade, ausência de cronologia, que importa! Minha liberdade está registrada aqui na vontade de escrever, isso sim, importa!
fonte : aconteceu virou noticias
Era Julho de 2006, muito mais emblemática do que pareço hoje me mostrei  e lancei meu primeiro livro, cujo título é “ Confissões (in)versos” ,  naquele dia , soube de  uma pergunta meio fora da órbita feita por uma colega: _ Mas ela escreveu só isso?  Pois é... só e apenas isso, e dá trabalho.  Contudo outras mãos naquele ano ajudaram-me a realizar esse sonho, não escrevi “isso” sozinha, de certo já registrei minha gratidão, minha alegria em poder mais uma vez contar com as mesmas. Infelizmente por negligencia (também minha) alguns livros foram extraviados, outros deixados de lado, como se não fizessem parte da história de vida de  alguém .Fiquei desapontada, naquele dia, um senhor pouco conhecido  passou por mim e disse:  “acho que vamos jogar esses livros fora..”  Passou, como todas as  coisas passam  e eu  trouxe mais  uma leitura, mais algumas escritas, mais perspicácia de minhas grandes esperanças, da crença de “meu sucesso”, modéstia à parte,   como os grandes escritores dizem “ meu sucesso é inerente ao meu trabalho.” Quanto à primeira publicação, desde que comecei, de lá para cá, posso parafrasear  Goethe  já fui várias, venho de outras boas etapas, de dores e experiências, mais forte, mais segura, mais cristã; venho de inusitados desafios, porém todos com muito aprendizado e volto a me encontrar, sem perder de vista ,  jamais a minha essência, sem necessariamente gritar aos quatro cantos sobre minhas opções.
     Despertei disso, e noto que menos séria e muito mais brincalhona, posso dizer: ACORDEI! Que interessante!  Dez anos do lançamento de meu primeiro livro! Pouco mais de trezentos dias do lançamento do segundo e dia trinta é sempre dia de recontar histórias de gratidão e reconhecimento; só isso já me renderei enormes páginas! Dentre as homenagens de lançamento e exposição de livro, trago-as com o mesmo carinho, a inigualável gratidão, e o incomparável reconhecimento do que minhas colegas fizeram de quando fui à Feira do Livro em São Luis, naquele dia, fui instrumento de felicidade, levei meu nome e junto dele, minha querida cidade, os nomes das mãos bondosas que me ajudaram a chegar até ali. “Não precisei morrer para dar à vida”. Dei passos à frente.  Quanto a isso, interessa-me dizer por todas as intervenções e por tantos amigos, especialmente minha família que torcem por mim, por esse projeto, “apesar da ressaca”  tornamo-nos noticia! Racionalmente fomos motivo de bons comentários, sem imunidade às críticas;  posso afirmar sem nenhum medo de perder na aposta, a verdadeira catarse está cristalizada nessas atitudes, nos gestos de carinho, nas espontaneidades  como foi lá no Piquizeiro, município de Belagua,  e nos povoados daqui por onde passei, pode está ainda  nas expectativas dos que creem em novas possibilidades. Em mim, estará sempre o meu esforço de gratidão.   Reforço por onde ando, nessa linha de “aspirante a escritora” divulgando e distribuindo meu livro que abaixo de Deus há mãos generosas prontas a  deixaram um pouco de seus perfumes, disso sou testemunha.
fonte:aconteceu virou noticia
E como eu sou responsável por aquilo que escrevo, sendo besteiras ou não quero homenagear uma amiga que me incentivou demais quando da publicação do segundo livro e é presença nas minhas escritas e mais outra sempre presente nas  exposições que tenho feito.. eu já havia reescrito esse dito que eu li em algum lugar e é  para as visões de ouro, com as quais tenho aprendido que também escrevo “ um pássaro na mão só é melhor do que dois voando quando eu não acredito na possibilidade de alcançá-los” , tudo de algum modo depende do exercício.  Dito isso, da fonte de onde retiro “essas cópias” jorra outras águas, bem clarinhas e precisa-se de poucos instrumentos; e quando noto perenidade nesse projeto, trago planos tão somente de compartilhamento e de agradecimento, considerando  entre outros, o viés para mais uma reflexão : trezentos, trinta ou três: quantas histórias? Para os entendidos e os entendedores, sem palavras! Simples, eu quis escrever apenas isso: de minha imaginação, da falta de conhecimento; de minhas motivações ,da ausência de talentos; de meu reconhecimento... fico com o que me disse uma colega quando eu já estava concluindo o texto: o leitor demarca seus sinais! Trezentos dias, e outros trinta quem sabe saia o Singullar número três! Quem sabe!

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