Refiz recentemente a leitura do livro Entre pausas e reticencias (adquirido há dez anos) no Show de cantoras de Deus aqui em nossa cidade; e deparei-me com um parágrafo e fiz minha reflexão sobre o tempo “quanto mais velhos ficamos mais aprendemos sobre diferenciar e selecionar momentos”. Recebo ainda como lembrança, na memória o título do livro de Lya Luft “O tempo é um rio que corre”. Verdades, nas versões mais perenes da vida , somos rios, somos águas correntes e todos os dias, sem nenhum exagero de minha parte temos a oportunidade de definir sobre nossa grandeza . Essas minhas escritas farão parte da posterioridade, eternizo, com cuidados a mulher guerreira que deixou que seus traços fossem aqui descritos. Grata a cada uma. A mãe forte Cristina Pestana tem sua trajetória, caminhadas e buscas , superação; o depor e a sensibilidade da GM Laurinete Correia, representam tantas outras mães.
Trarei aqui outras histórias, não
peguei manual, vislumbrei conectar com o mesmo ânimo, outras mães que fazem
parte de meu círculo e são leitoras , amáveis amigas que com outros olhares ,
trazem um pouco essa sensação. Nada é constrangedor, lembrar-me do tempo em que
fiquei gravida de meu filho, que é minha vida, meu amor, só posso agradecer;
assim me disse a Laurilene, parece que eu já esperava por isso, com vibrações
positivas de alegria, encheu-se de
felicidade, nenhum outro sentimento invadiu seu coração naquele momento !
Emocionada, conta-nos que dizia : Que maravilha meu Deus serei Mãe! E o meu curso de Matemática que ainda está pela
metade! E minhas duas cirurgias de cardiopata! E ficar solteira, cuidando de
meu filho! Ora, ora, que isso importa, serei mãe, Deus me deu essa graça. E
estamos aqui, desmentindo as limitações com o sentimento de que o tempo
generoso como é nos dar a graça da inquietude e nos levar junto aos nossos
filhos nessa correnteza cada vez mais sábia e coberta de exclusividades. Cada
dia uma vitória. Só orgulho da maternidade, só orgulho do filho que tenho.
Outras vozes, diferentes mães, fazem parte desse coro que intitulei “as
pães nossas” são as universais , mas as particulares, como é a mãe Ivanilde
Bastos, a Rosa Vasconcelos em realidades distintas confirmaram o sentido da
maternidade , da autenticidade de fazer essa caminhada sem perder suas
essências. Promovo essa leitura que não há sentenças que definam os modelos de
famílias que dão certo; com um riso daqui outro dali, e certamente com as falhas
no meio do caminho, seguimos na conveniente frequência dos desdobros e dos
apertos comuns porque passamos. E essas histórias não as trago sem ter me
pronunciado diante das mães aqui citadas , trago em memória Laura Alice dos
Santos, que muito orgulhosa em suas próprias dores, conseguiu enxergar os voos
lindos e transformadores de seus filhos; minha amiga Lucilene- Lucinha que
construiu um sonho , cultivou e fez o que pode em vida para que sua filha fosse
a mais amada entre todos, por algum tempo, voltou a sonhar e seu viver não era
de solidão, mas da alegria em saber quanto sua filha Ananda era sua melhor esperança. Essas
duas últimas mães foram morar com Deus, conquistaram bênçãos e transbordaram de
doçura e ensinamento enquanto experimentaram a maternidade ...e nunca, em
nenhuma hipótese queixaram-se da maternidade
De repente, podia ser apenas um poema, os exemplos de mulheres tão pragmáticas e sensíveis tem suas vozes, suas afloradas personalidades e todas elas deixarão suas marcas. Há de um lado aquele que viajou a trabalho e por tantas outras motivações, o tempo, as condições e outras escolhas o impediram de voltar ... no entanto nesse espaço, citarei as mulheres que acreditam em seus poderes e conseguem alcançar a dádiva de serem especiais, irresistíveis trabalhadoras em busca de suas conquistas. Ouvi ainda a mãe Darci Abtibol , mulher mãe, conheceu a maternidade aos 31 anos , com o coração grato e com integridade tem sido a presença certa em todas as horas, não se queixa de ter cuidado “só”. Voltei-me para os outros diálogos e porque minha escrita é imortalizar nomes , não para insistir em sonhos que não deram certo, todos deram muito certo para otimizar e também conduzir para uma interação de que o patriarcado não é perpetuação da classe masculina , conversei com Edna Pires , que nesse momento prepara-se para ser avó, muitas alegrias, desafios, felicidades; trago ainda a amiga e comadre Fatima Silva, (não foi apenas mais uma Silva, tenho um capitulo só sobre ela) construiu uma história , deixa um enorme legado. E como motivação, li dia desses, o elogio de um rapaz que conquistou tantas vitorias , e encheu o peito de orgulho para dizer ,” não há no mundo homem mais forte do que minha mãe “ ; “não tive tempo de reclamar; só sei agradecer”. E continua, aliás, “entre todos os seres humanos minha mãe é a mais forte, como não se orgulhar”? Com felicidades e muita gratidão a Deus minha homenagem a todas, mesmo as que aqui não foram citadas e ao meu filho que deu todo sentido a minha existência, de quem tenho muito orgulho; foi quem mais me fortaleceu, obrigada. Martas, Martas, Maria... Ester outras tantas mulheres, ora Martas, ora Maria, todos os dias mães, todos os dias pais e, todos os dias filhas. Encerro com uma janela, e posso dizer sem medo de errar, que os filhos das mães aqui citadas devem essa consideração: Mãe, quanto orgulho do ser humano que sou, e do ser humano que você é !