Um professor apenas




Professo essa minha culpa
Minha fiel profissão desprestigiada
Os meus saberes e lições conservados
Professo as aulas que incomodam
Declaro as várias que se acomodam
Entre livros, papéis, paredes cadentes.
Confesso, simplesmente e sem medo,
Professo e confesso essa minha profissão.

Dia do Professor! Professora! Mestre!...
Confundem-se os verbetes diversos
Se pedagoga fosse, ousaria dizer:
Contam-se em milhares de histórias, progressos
E tão poucos lembram deste profissional
Sem culto, sem fulgor, ou merecimento
Em honra deste dia, com algumas projeções
Merecem, os professores, agradecimentos.

Confesso a falta de mídia, multimídia...
Mas mentes brilham, idéias se espalham
Se há poucos encantos, pouco importa
Professor, Professora, Professores, Mestres...
Imitemos Sócrates: “Só sei que nada sei”
E nesta arena mudaremos a história
Tenho esperanças que essas sementes
Sejam flores férteis em várias memórias.

Confesso fidelidade à minha profissão
Ou torno-me apenas um sonhador?
Em detrimento de tantos que nos lesam
Não basta, neste sertão, ser professor?
Se filósofo fosse, certamente diria:
“Conhece-te a ti mesmo”, isso é tudo.
E nessa minha profissão devo esperar:
“Que do impossível chão brote uma flor”.


texto reeditado

Um comentário:

Raí Jhonny Escsocio disse...

Neste dia especial eu sou grato por todos aqueles que me ensinaram um pouco do que sei. Q me aguentaram e se esforçaram (nem todos) para q eu fosse um aluno melhor...

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