Há dez anos... a dez anos: “escrever para compartilhar conhecimento”

 

No momento em que quase tudo chega tão rápido aos nossos olhos e aos nossos ouvidos , em que as mobilizações populares não necessariamente precisam de panfletos, de pasquim jogados nas portas , de folders de amadores, momento  em que temos a grata satisfação de obter informação tão precisa e real quanto aos feedbacks , opto por rever minha escrita de dez anos e conjeturar quão implícita estará minha escrita daqui a dez anos; minha  leitura de hoje é de celebração, tímida bem verdade , portanto não caberá a mim tecer comentários, cabe primar pelo contínuo desejo de que há mãos dispostas, há terreno fértil, há potencias e a multiplicação grandiosa de muitos conhecimentos. O florescer seja de qual planta for, dá aos cultivadores a clareza de que o fruto vem, é assim com a terra ...Os frutos virão!

Dedico essa minha escrita ao meu pai José Lourenço Sodré (em memoria) e a minha mãe Raimunda da Silva Sodré, a eles devo toda minha trajetória e todas as superações; quando releio minhas escritas entendo que não há uma única epígrafe que possa me descrever, e não precisa; não me considero cronista, tão pouco sou contista, na escrita uso da liberdade dos paradoxos para escrever em prosa ou poesia. Tanto que hoje a ideia é pronunciar o pulsante vetor do mês de Junho, nosso mês começa com o aniversario de nosso irmão Robson , fomos lá celebrar e comemorar com outros irmãos ; uma recepção calorosa da família dele , fizemos nossa singela confraternização; retratos, memorias, o espirito em expressão e lembrança de nosso pai fez com que apreciássemos tão bom momento, dos ensinamentos de quando éramos adolescentes, na ousadia de seguir as modas , papai nos alertava diariamente “nossos amigos estão em nossas casas”, com eles sim contaremos em todas as horas ; no mundo real há exemplos , há uma história que li há décadas, penso que sobre Guerra  conta  que o garoto oferece seu sangue para que uma garota que era sua amiga não morresse , sem quaisquer inquietação significado e significante ganham desvelo do tamanho do sentimento de cada leitor. O pensar é infinitamente livre. Presenteio-me com uma escrita, promovo a leitura não com o mesmo equilíbrio com que desejei escrever, olho com serenidade para cada escrita, clareio as ideias , troco a data das homenagens e reporto-me para o recado de um leitor meu : “ enquanto isso quantas linhas mal escritas , grafias equivocadas, ora, ela também erra”. “Somos feituras humanas”.

Em Abril desse ano, fez um ano da partida de nosso pai, fez um ano de que fui acometida com o COVID/19 e eu mudaria todo rumo da historia se tivesse que falar sobre esses dois acontecimentos, chorar  com minhas abstrações não resolve , devo  decretar  otimismo e positividade porque venci, alguns reflexos da ansiedade me afetam, nada que seja contagioso, mas troco todos por gratidão e fé . É Junho! Nossas festas, aniversário da linda Maitê, mês do aniversário de nossa cidade, “a terra prometida”, terra que acolheu nosso pai no final da década de 50, terra claramente maravilhosa de se viver; nesse mês nossa família foi acolhida com o convite de Prefeito Senhor Clemilton Barros com a indicação do nome de nosso pai, na sala do Posto do Detran/MA , inaugurada dia 09 , estávamos lá bem representados; fizemos do livre acesso, uma página do livro. Nosso pai, não seguiu carreira militar, (ele pediu para sair) esforçou-se para que não se mantivesse apenas “no pão e no k-suco”; honrou seu nome de soldado e construiu uma grande historia ao lado de nossa mãe , essa homenagem nos encheu de orgulho e de alegria; nos fez sentir o quão valiosa é a condição da escolha; em nossas memorias e  lembranças ele é presença viva ; ademais  o fio condutor  de minha  “crônica” não traz resquícios de outras histórias , trago sobre presente, minha prosa traduz para mim sobre sensibilidade e não apenas a minha , há outros mensageiros com as mesmas exclamações.

 E porque todas as coisas findam revejo todos os meus “pensares" para cultivar discernimento e compreender que em meu cotidiano há riquezas demais; de prenúncios, de contribuições, de conquistas, de expressões e de identidade. De todos os tempos “foram


muitas mãos”. Desajeitada com a sensação de que com minhas narrativas posso “contar” em  ser escritora, melhor assim, cantando desafino demais e não aprendi fazer contas , sei parcamente de equação. E assim todas as historias um dia desses me encantavam, uma grande maioria daquelas que li, e mesmo de algumas que escrevi... de ordem do lar e da canção de nosso Maranhão, em nosso mapa está nossa cidade   “ todos cantam suas terras e bem que cantarei  a minha, “modéstia à parte , seu moço nossa terra é uma belezinha”, não tem graça contar tudo ,” só se vendo pode crer”. Tanta coisa que podia dizer, e minha mente fértil aguarda a primavera, sem regras, sem filtros, sem segundas intenções ... tudo é cultivo. Ecoa o ensinamento da última palestra do escritor moçambicano Mia Couto , nem sempre é sobre o escritor é sobre a escrita , e quando a noite findar: PRIMAVERAREI.

 

 

 

6 comentários:

Regiane Ribeiro disse...

Como sempre, só aplausos 👏

Raymara Reis disse...

����

Unknown disse...

Aplausos de pé 👏👏👏👏👏😍 orgulho de vc!

Gracineth Mendonça disse...

Parabéns Nilma da Silva. Por todas as vitórias, por todos os desafios enfrentados e vencidos. Parabéns pelos 50's.

Unknown disse...

Parabéns mulher que dignifica as sábias palavras proferidas, seu dom é lindo... vida longa e dias felizes e prósperos! Vc é muito especial em meu coração! Deus abençoe vc!

Nilma da Silva Sodre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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